PAPEL feito com BAMBU

 

Kimberly-Clark anunciou recentemente um acordo para trabalhar com o Monte Vernon Booshoot para desenvolver um papel higiênico  com 20% de fibra de bambu.

O Viveiro de mudas de bambu Booshoot já produz cerca de 10 milhões de plantas de bambu anualmente e no início deste ano assinou um contrato de três anos exclusivos para a venda de bambu ornamental nas lojas da Home Depot em todo o país.

Depois de mais de uma década de pesquisa, Heinricher e sua equipe de cientistas criaram um sistema de cultura avançada  para produzir plantas geneticamente idênticas de bambu em escala comercial. Esta nova tecnologia tem posicionado-os a se infiltrar no mercado florestal.

"Mesmo se o bambu penetra apenas uma pequena fração do que isso, é uma oportunidade multibilionária", disse Pettus Randall, diretor de operações da Booshoot.

No entanto, entrar no mercado de produtos de papel será um desafio.

"Como um todo, a indústria é muito resistente ao tomar o primeiro passo arriscado", disse William McKean, uma polpa de longa data e professor de engenharia de papel na Universidade de Washington. Se uma empresa faz com que o investimento inicial, como a criação de uma plantação de bambu, e demonstra o sucesso do produto, outros podem ir a bordo, disse ele.

"Uma vez que alguém é bem sucedido, então outras partes da indústria tendem a seguir", disse McKean. Executivos da Booshoot certamente espero que sim.

"Vemos toneladas de oportunidade com este negócio discreto, mas na verdade isso está acelerando uma série de conversas com grandes jogadores e grandes mercados", disse Randall.

Kimberly-Clark já vende papel higiênico com 10 % de fibra de bambu  Reino Unido, mas quer Booshoot para o mercado dos EUA.

"Temos que criar um modelo de cadeia de fornecimento viável para bambu na América do Norte, porque o bambu que eles estão usando no Reino Unido é o bambu importada da China", disse Suhas Apte, vice-presidente de sustentabilidade global para a Kimberly-Clark. "Isso não é uma solução a longo prazo."

Molho secreto do Booshoot

Heinricher passa muito tempo na região Sudeste, onde há 30 milhões de hectares de plantações de pinheiros industriais que abastecem grande parte da polpa dos EUA e indústria de papel.

O Sudeste também seria o melhor lugar para crescer bambu em os EUA por causa de suas temperaturas mais quentes e chuvas. Ela também visita "Paper Valley" no Wisconsin, onde empresas de papel tem grandes operações.

Heinricher muitas vezes descobre que ela deve educar as empresas de papel sobre os benefícios de usar o bambu como uma fibra alternativa.

Os custos de abertura para as plantas de bambu são mais elevados do que para as árvores, disse ela. No entanto, ao longo de um período de 10 anos, o bambu pode produzir até 10 vezes mais material por hectare do que de crescimento mais lento do pinheiro do sul, agora usado por muitas fábricas de papel. Bambu também podem ser processados ​​utilizando o equipamento de fábrica de papel mesmo como árvores.

Bambu faz ao planeta um favor removendo quatro vezes mais dióxido de carbono do que uma quantidade equivalente de árvores faz, e que produz até três vezes mais oxigênio, de acordo com Booshoot.

Fibras de bambu são também muito tempo em oposição a curto, o que aumenta a resistência a produtos como papel higiênico.

Kimberly-Clark provavelmente irá trabalhar com bambu  Mosso, que é de 6 a 8 polegadas de diâmetro e cresce bem no Sudeste.

No ano passado, a empresa utilizou 750.000 toneladas de fibra de madeira de florestas naturais, mas  se comprometeram a reduzir pela metade até 2025.

A prática comum de importação de bambu da China também provoca emissões desnecessárias e custos, Heinricher disse. Isto poderia ser evitado utilizando técnicas em sua empresa.

Embora que  uma plantação de bambus possa se espalhar rapidamente através de suas raízes, muitas espécies de bambus são escassos porque só florescem  e produzem  sementes a cada 60 a 120 anos.

Agora Heinricher pode multiplicar o bambu em dias. Ela pega um pedaço de bambu e coloca-la em um molho secreto de compostos naturais, o que faz com que ele cresça e para que possa ser redividido  inúmeras vezes. Ela, então, introduz hormônios que criam raízes. Em seguida, as plantas de bambu são colocadas no solo e colocadas na estufa.

Através da divisão de planta simples, ela não conseguia produzir o suficiente para as plantaçoes de bambu por atacado. Mas então, de  20 ou 30  bambus florido,  ela germinou e plantou 10.000 sementes. Ela recolheu os 10.000 plantas de bambu e levou cinco anos para vendê-los.

Ela também tornou-se obcecada em produzir bambu mais rapidamente.

Em 2011, ela e sua equipe de cientistas desenvolveram a tecnologia que lhes permitia produzir plantas de bambu em uma escala muito maior comercial.

Com a nova tecnologia, eles poderiam produzir dezenas de milhões, se não centenas de milhões , das plantas de bambu, disse ela.